Você está atravessando a rua distraidamente. De repente, ouve uma buzina e percebe um carro seguindo em sua direção. Felizmente, uma reação imediata do seu organismo entra em ação muito antes que você tenha noção. O resultado é que você toma um susto e corre para salvar a sua vida. Se isso não ocorresse, provavelmente você morreria.

Nosso organismo possui uma série de mecanismos muito sábios que tem a função de preservar a vida, manifestando-se nos momentos em que uma ameaça à integridade física é detectada. Nos artigos anteriores nós falamos do inconsciente e de como ele realiza coisas que nem percebemos. Hoje vamos falar de um mecanismo relacionado ao inconsciente que te ajudará a entender como o organismo trata o medo e como em algumas pessoas o medo psicológico pode desencadear reações desagradáveis necessitando de tratamento.

Dois excelentes pesquisadores americanos, Michelle G. Craske e David H. Barlow passaram anos estudando o assunto do medo e ansiedade. Eles descrevem da seguinte maneira:

“Quando alguma forma de perigo é percebida ou antecipada, o cérebro envia mensagens a uma seção de nervos chamados de sistema nervoso autônomo. Este sistema possui duas subsecções ou ramos: o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático… Colocado de uma forma mais simples, o sistema nervoso simpático é o sistema da reação de “luta-fuga” e o parassimpático é o sistema de restauração que traz o corpo a seu estado normal.” (Barlow, D. H., & Craske, M. G – 1994).

O sistema nervoso autônomo é sistema programado para manter nossa vida à salvo. Quando há qualquer perigo aparente, sem que você faça algo consciente, duas pequenas partes do cérebro chamadas amígdalas (não confunda com as da garganta), agem em conjunto com outras partes do organismo de forma a estimular a liberação de substâncias na corrente sanguínea – a adrenalina e a noradrenalina. Você talvez tenha ouvido falar na mais conhecida delas, a adrenalina.amigdala

Quando liberada na corrente sanguínea, a adrenalina aumenta a frequência dos batimentos cardíacos, o volume de sangue e o nível de açúcar, mas diminui o fluxo sanguíneo na pele (a pessoa fica pálida) e no intestino (ela sente um friozinho na barriga), enquanto aumenta o fluxo para os músculos das pernas e braços.

Todos nós temos medo e todo tipo de medo desperta esse mecanismo. Fomos programados para sentir medo porque muitas situações podem de fato ser danosas à nossa vida. Então quando experimentamos o medo nosso organismo desperta inconscientemente todas as ferramentas necessárias para “lutarmos ou sairmos correndo”. Você deve se lembrar de alguma situação em que ficou com medo de algo. Suas mãos ficaram suadas, sua pele pálida, seu coração disparou e suas pernas ficaram bambas. Todas essas são reações naturais provocadas por esse mecanismo maravilhoso.

No entanto, existem pessoas que possuem as chamadas fobias, que é um medo exagerado de determinada coisa. Alguns sentem medo de viajar de avião, outros de falar em público e muitas outras fobias são relatadas diariamente. Para essas pessoas a vida pode se tornar um verdadeiro desafio, uma vez que as reações que o corpo desperta para manter-se vivo fazem essas pessoas sentirem muita ansiedade.

Por que as pessoas sentem fobia? O motivo principal está ligado a como o indivíduo encara, consciente ou inconscientemente, o objeto causador de sua fobia. medoO sistema nervoso simpático não sabe se o que você está sentindo é algo produzido por sua imaginação ou é um perigo real. Ele atuará de forma automática para proteger a sua vida.

Por exemplo, veja o caso de alguém que tem fobia de falar em público. Em geral, a pessoa que sente medo de falar em público possui uma grande insegurança. Ela imagina uma série de situações que podem ocorrer, incluindo ser ridicularizada ou rejeitada, passar por vexame, ser julgada etc.. Ninguém gosta de ser ridicularizado por uma pessoa, imagine por muitas delas. Esses pensamentos povoam a mente do indivíduo e o deixam estressado, servindo como combustível para disparar o mecanismo de defesa do organismo.

Uma vez que esse mecanismo entre em ação, o indivíduo sentirá todas as reações advindas e de forma automática, sem o controle racional.

Será que algo pode ser feito para controlar a fobia e suas reações?

A resposta felizmente é sim.
Primeiramente é preciso entender que o mecanismo de “luta-fuga” entra em ação “quando percebe que o organismo está em perigo”. No entanto, conforme começamos a falar, essa percepção é muitas vezes equivocada, pois é alimentada pelo indivíduo e sua própria maneira de enxergar o mundo. Ou seja, o medo que ele sente não necessariamente é fruto de um perigo real, mas imaginário – a pessoa pensa que algo muito ruim lhe irá acontecer.

Como dissemos em artigos passados, as pessoas podem guardar uma série de memórias que não são acessadas conscientemente. No entanto, o inconsciente pode e irá desencadear associações que irão levar a pessoa a sentir medo sem saber por que isso ocorre.

A hipnoterapia Condicionativa, desenvolvida pelo professor Crozera, é capaz de ajudar pessoas com problemas de fobia a se libertar desse problema. Falamos da hipnose em artigos passados, lembra-se?

Procure se informar sobre como isso é possível através de uma visita ou pelo Whatsapp (whatsapp-logo2(47) 9963-2022). Você vai se surpreender com a rapidez do tratamento e com o resultado.

É importante frisar que medos nunca desaparecem por completo, por mais que se desejemos. Por quê? Porque são fundamentais para nossa sobrevivência. São eles que nos mantém alertas contra possíveis danos à nossa integridade. No entanto, é possível ficar livre da fobia, o medo exagerado.

Assista o vídeo abaixo e entenda mais como funciona o medo:

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